domingo, 21 de outubro de 2007

A destruição da riqueza verde


As queimadas e o fim do verde

Desde o fim dos anos 60, quando começou essa cruzada de extermínio, uma capa vegetal com área maior que a da França já desapareceu na Amazônia, pela ação do fogo ou da motosserra. Não há registro de extinção de espécies animais na região. Mas as alterações do meio ambiente, a caça predatória e a pesca centralizada nos peixes preferidos pela culinária local ameaçam um zoológico inteiro de desaparecer para sempre. Dezenas de mamíferos e répteis estão na lista das espécies em risco. O peixe-boi, um mamífero pacífico que atinge até 500 quilos com uma dieta de capim aquático, está ficando cada vez mais raro. Onça e macacos figuram na lista, bem como algumas espécies de jacaré e tartaruga. Em breve, o pirarucu, maior peixe amazonense, pode fazer parte das espécies ameaçadas. Aos poucos, mas ininterruptamente, a Amazônia está sendo comida pelas queimadas, pelo furor das serrarias, pela poluição descontrolada dos garimpos e pela instalação de fazendas de gado em várzeas que funcionam como berçários de peixes. O Brasil nunca retomou o vigor destrutivo dos anos 80, quando o país se tornou um pária internacional da ecologia, mas atualmente a floresta está desaparecendo ao ritmo aproximado de um território como o de Sergipe a cada ano e meio.
A pegunta que todos os brasileiros devem fazer: Como usar a Amazônia para o desenvolvimento brasileiro sem destruí-la?
Fonte: Veja/Especiais/Amazônia (Com adaptações)